Assim
que a parceria com a Honda foi reeditada, muitos fãs da McLaren esperavam que a
equipe voltasse aos anos de ouro, como na época de Ayrton Senna e Alain Prost.
No primeiro ano da parceria, o time de Woking venceu 15 das 16 corridas na
temporada de 1988, que terminou com o primeiro título para o brasileiro. A
montadora japonesa estava fora da Fórmula 1 desde 2008, quando sua equipe de
fábrica deixou de existir. Foram quatro títulos de construtores e quatro do
Mundial de Pilotos, sendo três deles conquistados por Senna. Eram pra ser os
quatro, se não fosse a interferência de Jean-Marie Balestre a favor de Alain
Prost no campeonato de 1989.
Nos
testes após o GP de Abu Dhabi, que encerrara a temporada de 2014, o belga
Stoffel Vandoorne deu apenas três voltas com o MP4-29/H. Era o carro de 2014,
mas com os motores da Honda. Era a primeira vez que o time de Woking ia pra
pista com os propulsores da marca japonesa após o fim da parceria de quase 20
anos com a Mercedes. O vice-campeão da GP2 no ano passado deu apenas uma volta
de reconhecimento e retornou aos boxes. Logo no começo da segunda saída, porém,
o carro da McLaren acabou parando na pista, provocando uma bandeira vermelha.
Vandoorne encerrou a atividade com apenas três voltas e sem nenhum tempo
cronometrado.
Para
a temporada 2015, era anunciado o retorno, para muitos, da parceria mais
vitoriosa da história da Fórmula 1. A expectativa, como já dito anteriormente,
era de que a equipe voltasse aos anos de ouro, quando também era impulsionada
pelos motores da Honda. Manteve Jenson Button e trouxe de volta o bicampeão
mundial Fernando Alonso. Além disso, os fãs esperavam a clássica pintura branca
e vermelha, que marcou época na “primeira passagem” da parceria, com os três
títulos de Senna e um de Prost. Nada feito.
Nos
testes, desempenho abaixo da expectativa e um acidente misterioso que tirou o
espanhol bicampeão mundial da primeira corrida da temporada, na Austrália.
Boatos surgiram de que ele havia perdido a memória e acordado falando italiano,
pensando que ainda estava na Ferrari, ou pior, quando disseram que Alonso havia
acordado no ano de 1995. Nos treinos, a equipe ficou na última fila, e o
dinamarquês Kevin Magnussen, que substituiu Alonso, nem largou, uma vez que, na
volta de apresentação, o motor Honda “fumou”. Já o campeão mundial de 2009 superou
os problemas e conseguiu terminar a corrida na décima primeira colocação, uma
posição abaixo da zona de pontuação. Já na Malásia, a dupla de pilotos da
equipe largou lá embaixo, sem contar que ambos abandonaram a corrida.
Ainda
temos 16 corridas pela frente. Tempo o suficiente para a McLaren-Honda se
reerguer. Vimos nos testes e nas primeiras corridas que o desempenho foi pífio.
Resta esperar pelos próximos GPs que estão por vir.
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