terça-feira, 14 de abril de 2015

Muitíssimo diferente da expectativa: McLaren-Honda

Por Lucas Costa




Assim que a parceria com a Honda foi reeditada, muitos fãs da McLaren esperavam que a equipe voltasse aos anos de ouro, como na época de Ayrton Senna e Alain Prost. No primeiro ano da parceria, o time de Woking venceu 15 das 16 corridas na temporada de 1988, que terminou com o primeiro título para o brasileiro. A montadora japonesa estava fora da Fórmula 1 desde 2008, quando sua equipe de fábrica deixou de existir. Foram quatro títulos de construtores e quatro do Mundial de Pilotos, sendo três deles conquistados por Senna. Eram pra ser os quatro, se não fosse a interferência de Jean-Marie Balestre a favor de Alain Prost no campeonato de 1989.

Nos testes após o GP de Abu Dhabi, que encerrara a temporada de 2014, o belga Stoffel Vandoorne deu apenas três voltas com o MP4-29/H. Era o carro de 2014, mas com os motores da Honda. Era a primeira vez que o time de Woking ia pra pista com os propulsores da marca japonesa após o fim da parceria de quase 20 anos com a Mercedes. O vice-campeão da GP2 no ano passado deu apenas uma volta de reconhecimento e retornou aos boxes. Logo no começo da segunda saída, porém, o carro da McLaren acabou parando na pista, provocando uma bandeira vermelha. Vandoorne encerrou a atividade com apenas três voltas e sem nenhum tempo cronometrado.

Para a temporada 2015, era anunciado o retorno, para muitos, da parceria mais vitoriosa da história da Fórmula 1. A expectativa, como já dito anteriormente, era de que a equipe voltasse aos anos de ouro, quando também era impulsionada pelos motores da Honda. Manteve Jenson Button e trouxe de volta o bicampeão mundial Fernando Alonso. Além disso, os fãs esperavam a clássica pintura branca e vermelha, que marcou época na “primeira passagem” da parceria, com os três títulos de Senna e um de Prost. Nada feito.

Nos testes, desempenho abaixo da expectativa e um acidente misterioso que tirou o espanhol bicampeão mundial da primeira corrida da temporada, na Austrália. Boatos surgiram de que ele havia perdido a memória e acordado falando italiano, pensando que ainda estava na Ferrari, ou pior, quando disseram que Alonso havia acordado no ano de 1995. Nos treinos, a equipe ficou na última fila, e o dinamarquês Kevin Magnussen, que substituiu Alonso, nem largou, uma vez que, na volta de apresentação, o motor Honda “fumou”. Já o campeão mundial de 2009 superou os problemas e conseguiu terminar a corrida na décima primeira colocação, uma posição abaixo da zona de pontuação. Já na Malásia, a dupla de pilotos da equipe largou lá embaixo, sem contar que ambos abandonaram a corrida.

Ainda temos 16 corridas pela frente. Tempo o suficiente para a McLaren-Honda se reerguer. Vimos nos testes e nas primeiras corridas que o desempenho foi pífio. Resta esperar pelos próximos GPs que estão por vir.



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