O GRANDE PRÊMIO lista as cinco principais razões
para o fã de F1 ficar ligado na terceira etapa do campeonato, que vai
ser disputada em Xangai neste domingo
1) AQUI TÁ QUENTE, AQUI TÁ FRIO...
Se antes era a chuva que poderia modificar as coisas durante uma corrida
de F1, o calor da Malásia — e sua condição seca no domingo — mostraram
que as temperaturas altas podem desempenhar um novo cenário na F1. Tanto
Kimi Räikkönen quanto Sebastian Vettel foram categóricos ao dizer que o
sol de rachar coco e fritar ovo foi imprescindível para a vitória do
alemão e a recuperação fantástica do finlandês que o levou ao quarto
lugar.
Por
outro lado, o sol forte significou a tortura e o suor mais do que
excessivo para a Williams, que jamais esteve próxima de brigar pelo
pódio e, como no ano passado, contentou-se com pontos entre Felipe Massa
e Valtteri Bottas – aliás, se o GP da Malásia deixasse o calendário, o
time de Grove beijaria os pés de Bernie Ecclestone e os lavaria tal qual
o papa.
Assim, fica a expectativa para ver se as temperaturas mais amenas de
Xangai recolocam a disputa entre Ferrari e Williams em equidade ou se o
time italiano realmente está à frente pelo melhor conjunto — e não só
pelo motor.
Sebastian Vettel durante o segundo treino livre desta sexta-feira em Sepang (Foto: Getty Images)
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2) E AÍ, NICO... NECAS?
O negócio é o seguinte: são duas provas que Nico Rosberg não faz nem
cócegas para Lewis Hamilton. Nas duas, o discurso foi o mesmo: “Não
estou guiando o suficiente”. OK. Sinceridade à parte, quais são os
motivos para que não guie o suficiente? Não era Nico quem estava com um
papo de revanche, neguinha e vingança para a desforra do ano passado,
que tinha estudado até o modo como respirava, o jeito que transpirava,
sabe-se lá mais o quê?
A verdade é que um novo revés na disputa interna, justamente na pista
em que conseguiu sua primeira vitória na F1, começam a corroborar um
piloto entregue tal qual foi Mark Webber após o primeiro título de
Vettel na Red Bull. É claro que isso faria Hamilton sorrir de orelha a
orelha pelas taças que pode colecionar nos anos a seguir.
Nico Rosberg durante o terceiro treino livre em Sepang (Foto: Getty Images)
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3) FELIPE NA REAL
Na
Austrália, Felipe Nasr teve um desempenho exuberante, em que se pede a
circunstância de ter largado num grid com ¼ menor e chegado numa corrida
com metade dos carros mais a McLaren arrastada de Jenson Button. Na
Malásia, as coisas caminharam para um desempenho oposto: uma
classificação em que não foi além do Q1 e um 12º lugar na corrida sem
poder brigar pelos pontos.
A alegação é que a Sauber não achou o problema no diferencial do carro e
que, se Marcus Ericsson tivesse terminado a corrida, brigaria ali com
Toro Rosso e Red Bull, ou seja, entre o sétimo e o décimo lugares.
O GP da China vem, então, como uma espécie de realidade dos fatos: o
que Nasr e a Sauber são capazes de fazer são a Austrália, a Malásia ou
um intermédio entre ambas?
Felipe Nasr durante a classificação do GP da Malásia (Foto: Getty Images)
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4) QUAL TOURO BUFA MAIS?
A Red Bull prometeu que não vai mais falar mal publicamente eda
Renault, e vice-versa. Mas isso não significa que o carro que ganhou
quatro títulos vá andar melhor. Até porque as duas partes assumidamente
têm erros em seu projeto: o chassi RB11 não é lá essas coisas e falta
potência no motor da montadora francesa.
Com isso, a Toro Rosso, que fez um carro honesto e tem dois pilotos
muito mais do que honestos, tem se aproveitado. Neutra na briga, a
equipe conseguiu, com Max Verstappen e Carlos Sainz, completar à frente
de Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo na Malásia sem muita dificuldade.
Será que os touros mais jovens e pobres vão aprontar novamente para a ‘irmã rica’?
Verstappen passando pelos carros da Red Bull na Malásia (Foto: Getty Images)
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5) O PASSO DA McLAREN
De
fato, a evolução que a McLaren apresentou da Austrália para a Malásia
foi notável. Mas nada também que fizessem Jenson Button e Fernando
Alonso brigar pela zona de pontos. No caso do inglês, na primeira foi
lento, mas terminou a prova. Ao que parece, a McLaren liberou mais
potência no motor Honda e viu que não aguenta chegar ao fim, ainda mais
de uma prova tão desgastante.
Novamente a temperatura deve agir neste caso, e a McLaren tende a andar
com mais folga sem se preocupar em estourar suas frágeis unidades. A
questão é ver o quanto em mais duas semanas a escuderia vai melhorar em
Xangai.
Fernando Alonso não teve como completar o GP da Malásia (Foto: Getty Images)
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