quarta-feira, 8 de abril de 2015

Cinco bons motivos para não se perder o GP da China de F1*

*Por: Grande Prêmio

O GRANDE PRÊMIO lista as cinco principais razões para o fã de F1 ficar ligado na terceira etapa do campeonato, que vai ser disputada em Xangai neste domingo
 
 1) AQUI TÁ QUENTE, AQUI TÁ FRIO... 

Se antes era a chuva que poderia modificar as coisas durante uma corrida de F1, o calor da Malásia — e sua condição seca no domingo — mostraram que as temperaturas altas podem desempenhar um novo cenário na F1. Tanto Kimi Räikkönen quanto Sebastian Vettel foram categóricos ao dizer que o sol de rachar coco e fritar ovo foi imprescindível para a vitória do alemão e a recuperação fantástica do finlandês que o levou ao quarto lugar.
 
Por outro lado, o sol forte significou a tortura e o suor mais do que excessivo para a Williams, que jamais esteve próxima de brigar pelo pódio e, como no ano passado, contentou-se com pontos entre Felipe Massa e Valtteri Bottas – aliás, se o GP da Malásia deixasse o calendário, o time de Grove beijaria os pés de Bernie Ecclestone e os lavaria tal qual o papa.
 
Assim, fica a expectativa para ver se as temperaturas mais amenas de Xangai recolocam a disputa entre Ferrari e Williams em equidade ou se o time italiano realmente está à frente pelo melhor conjunto — e não só pelo motor.

Sebastian Vettel durante o segundo treino livre desta sexta-feira em Sepang (Foto: Getty Images)

2) E AÍ, NICO... NECAS?
 
O negócio é o seguinte: são duas provas que Nico Rosberg não faz nem cócegas para Lewis Hamilton. Nas duas, o discurso foi o mesmo: “Não estou guiando o suficiente”. OK. Sinceridade à parte, quais são os motivos para que não guie o suficiente? Não era Nico quem estava com um papo de revanche, neguinha e vingança para a desforra do ano passado, que tinha estudado até o modo como respirava, o jeito que transpirava, sabe-se lá mais o quê? 
 
A verdade é que um novo revés na disputa interna, justamente na pista em que conseguiu sua primeira vitória na F1, começam a corroborar um piloto entregue tal qual foi Mark Webber após o primeiro título de Vettel na Red Bull. É claro que isso faria Hamilton sorrir de orelha a orelha pelas taças que pode colecionar nos anos a seguir.
 
Nico Rosberg durante o terceiro treino livre em Sepang (Foto: Getty Images)
 
3) FELIPE NA REAL
 
Na Austrália, Felipe Nasr teve um desempenho exuberante, em que se pede a circunstância de ter largado num grid com ¼ menor e chegado numa corrida com metade dos carros mais a McLaren arrastada de Jenson Button. Na Malásia, as coisas caminharam para um desempenho oposto: uma classificação em que não foi além do Q1 e um 12º lugar na corrida sem poder brigar pelos pontos.
 
A alegação é que a Sauber não achou o problema no diferencial do carro e que, se Marcus Ericsson tivesse terminado a corrida, brigaria ali com Toro Rosso e Red Bull, ou seja, entre o sétimo e o décimo lugares.
 
O GP da China vem, então, como uma espécie de realidade dos fatos: o que Nasr e a Sauber são capazes de fazer são a Austrália, a Malásia ou um intermédio entre ambas?
 
Felipe Nasr durante a classificação do GP da Malásia (Foto: Getty Images)
 
 
4) QUAL TOURO BUFA MAIS?
 
A Red Bull prometeu que não vai mais falar mal publicamente eda Renault, e vice-versa. Mas isso não significa que o carro que ganhou quatro títulos vá andar melhor. Até porque as duas partes assumidamente têm erros em seu projeto: o chassi RB11 não é lá essas coisas e falta potência no motor da montadora francesa.
 
Com isso, a Toro Rosso, que fez um carro honesto e tem dois pilotos muito mais do que honestos, tem se aproveitado. Neutra na briga, a equipe conseguiu, com Max Verstappen e Carlos Sainz, completar à frente de Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo na Malásia sem muita dificuldade. 
 
Será que os touros mais jovens e pobres vão aprontar novamente para a ‘irmã rica’? 

Verstappen passando pelos carros da Red Bull na Malásia (Foto: Getty Images)

5) O PASSO DA McLAREN
 
De fato, a evolução que a McLaren apresentou da Austrália para a Malásia foi notável. Mas nada também que fizessem Jenson Button e Fernando Alonso brigar pela zona de pontos. No caso do inglês, na primeira foi lento, mas terminou a prova. Ao que parece, a McLaren liberou mais potência no motor Honda e viu que não aguenta chegar ao fim, ainda mais de uma prova tão desgastante.
 
Novamente a temperatura deve agir neste caso, e a McLaren tende a andar com mais folga sem se preocupar em estourar suas frágeis unidades. A questão é ver o quanto em mais duas semanas a escuderia vai melhorar em Xangai.

Fernando Alonso não teve como completar o GP da Malásia (Foto: Getty Images)

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