segunda-feira, 2 de março de 2015

Carreira de Rubens Barrichello na F1 | Parte 1

Por: Thiago Jones




Rubens Gonçalves Barrichello, nascido em São Paulo (23 de maio de 1972).

Piloto brasileiro que disputou o campeonato da mais importante categoria do automobilismo mundial de forma ininterrupta entre os anos de 1993 e 2011, com um total de 323 corridas, conquistando 11 vitórias, 68 pódios, 14 poles e 17 voltas mais rápidas, sendo duas vezes vice-campeão do mundo.




Agora vamos relembrar o início da carreira deste grande piloto, o primeiro brasileiro a vencer depois da era Senna, e que sempre será lembrando não só como o grande piloto que é, como dono de um caráter admirável.

Rubinho conquistou cinco títulos brasileiros de kart, sendo considerado até hoje um dos melhores kartistas brasileiros. Depois disso foi para a Europa, onde venceu a Fórmula Opel e a Fórmula 3 inglesa.

No ano de 1993, fez sua estréia na Formula 1 pela Jordan no Grande Prêmio da África do Sul, realizado em Kyalami a 14 de março. Largou na 14ª posição, mas abandonou a prova na volta 31, com problemas no câmbio.

Como em todo primeiro ano, 93 foi um ano de aprendizagem, e Barrichello acabou não completando nenhuma das 4 primeiras corridas da temporada. Início difícil em uma ano no qual a Jordan apresentava diversos problemas.

Sua primeira corrida completa foi o GP da Espanha, onde chegou em décimo segundo. Teve como melhor posição de largada um oitavo lugar no GP da França e marcou seus primeiros pontos na Fórmula 1 no Japão, com um quinto lugar. No final da temporada, ficou com o décimo oitavo lugar na classificação geral, um ano de estreia difícil, mas onde Barrichello já mostrava seu valor.

Sasol Jordan-1993


Na temporada seguinte (1994), o ano começou bem diferente para Rubens.
Já na primeira corrida da  temporada, o Grande Prêmio do Brasil, ele conseguiu um sólido quarto lugar, e, na corrida seguinte, conquistou seu primeiro pódio, no GP do Pacífico em Aida.

Na corrida seguinte o GP de San Marino, um fim de semana que não sai da cabeça de quem o acompanhou.
Na sexta-feira, 29 de abril, durante a primeira sessão classificatória para determinar a ordem de início da corrida, Rubens Barrichello escapou em uma zebra na Vaiante Bassa a 225 km/h, lançando seu veículo no ar. Ele colidiu com o topo da barreira de pneus, fazendo o carro capotar várias vezes antes de ir ao chão de cabeça para baixo.

O impacto deixou Barrichello inconsciente. Equipes médicas o trataram no local, e o piloto foi levado ao centro médico. Rubens voltou à reunião de corrida no dia seguinte, mas o nariz quebrado e o gesso no braço o forçaram a abandonar as pistas pelo resto do fim de semana.

Até hoje, aquele fim de semana é lembrado por ter sido o pano de fundo para um dos momentos mais trágicos do automobilismo e do esporte em geral, com o acidente serio de Rubens na sexta, a morte de Roland Ratzenberger no treino do sábado e o falecimento de Ayrton Senna no domingo. A partir deste grande prêmio, a Fórmula 1 sofreu muitas modificações com o intuito de aumentar a segurança, tanto dos pilotos quanto dos espectadores.

O restante da temporada de Rubinho foi bem sólido: conquistou mais quatro quartos lugares, marcou a sua primeira pole-position, no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, e, ao fim da temporada, conquistou a sexta colocação do campeonato, com 19 pontos (de um total de 26 que a Jordan marcou naquele ano em que o carro não teve tantos problemas como no ano anterior),  à frente de uma Williams, uma Benetton e uma McLaren, alguns dos melhores carros da época. Sempre lembrando que, na Benetton e na Williams, houve revezamento no 2º carro da equipe, Ao fim de 94, Barrichello dava mais amostras de seu grande talento.

Acidente em San Marino


Nas duas temporadas seguintes, Rubens alcançou mais resultados expressivos pela Jordan.

Na temporada de 1995, conseguiu sua melhor posição de chegada ate então com um segundo lugar no GP do Canadá. Também pontuou por mais três vezes na temporada, com dois sextos lugares (França e Bélgica) e um quarto lugar (GP da Europa). Barrichello terminou a temporada de 95 com 11 pontos e o décimo primeiro lugar na classificação geral, como em seu primeiro ano, sofrendo muito com problemas em sua Jordan.

Em 1996, sua ultima temporada pela Jordan, Rubens fez um ano bem consistente, conseguindo chegar com maior regularidade nos pontos em relação às temporadas anteriores, pontuando em sete corridas. Seu melhor resultado foram dois quartos lugares (Argentina e Grã-Bretanha), terminando a temporada com 14 pontos e a oitava posição na classificação geral.

 


Em 1997, após uma difícil negociação com a Benneton, onde ele cogitou ir para a Fórmula Indy, Jackie Stewart, que acabara de fundar sua equipe (Stewart), chamou Barrichello para ser o primeiro piloto e ajudar no desenvolvimento do carro – mas isso são cenas do próximo capítulo!

Espero que tenham gostado desse inicio de retrospectiva do grande piloto que é muitas vezes injustiçado por seus compatriotas. Criticas, correções ou qualquer outra coisa, nos comentários – e ate a segunda parte.



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2 comentários:

  1. Muito bacana relembrar os primeiros anos de F1 do Barrica! Aguardando as "cenas do próximo capítulo"! Parabéns Thiago Jones!

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