Por: Carlos Frederico Pereira da Silva Gama
Kimi Raikkonen não falou muito quando largou, há quase
10 anos, no grande prêmio do Japão, disputado na pista da Honda em Suzuka, em 9
de outubro de 2005.
O dia de chuva que precedeu a corrida foi de
surpresas. A grande rival da Honda, a Toyota, fez uma surpreendente pole com
Ralf Schumacher, o nem tão rápido irmão. O irmão mais rápido ficou 6 segundos
atrás, em 14º.
O campeão mundial de 2005, Fernando Alonso – mais
jovem campeão da história da F1 até então, primeiro e único de sua geração a
derrotar Michael Schumacher numa disputa de título – seria o 16º. Alonso tinha
o melhor carro do ano, a Renault. 8 segundos atrás do pole.
Kimi – com uma rápida, mas frágil McLaren-Mercedes –
fez apenas o 17º tempo. 16 segundos atrás.
A madrugada de sábado para domingo no Brasil chegou
com sol em Suzuka.
Múltiplas batidas (como as de Rubens Barrichello, de
saída da Ferrari, e Takuma Sato) na largada favoreceram a recuperação de
Alonso.
Ao fim da primeira volta, o genial espanhol já era o
8º colocado.
Kimi saiu da pista e caiu para antepenúltimo lugar. Que
terá dito o finlandês?
Encerrando a carreira na Sauber, o campeão mundial de
1997 Jacques Villeneuve jogou Juan Pablo Montoya (na outra McLaren) para fora
da pista.
O carro de segurança entrou na pista.
Na relargada, Kimi foi passando. Um a um.
Passou Alonso. Depois Schumacher.
Com as paradas, faltava Giancarlo Fisichella, o
Físico.
De 17º para 2º lugar.
A maior performance em Suzuka desde a vitória de
Ayrton Senna em 1988.
Kimi chegou, Fisichella viu e fechou a porta. Faltavam
duas voltas.
Na última volta, a reta curva (Galvão) viu Raikkonen e
Fisichella lado a lado.
O chefe da McLaren, Ron Dennis, falou muito após o GP:
E Kimi?
“What a
sensacional race, Kimi” (Conferência de imprensa após o GP)
“Yes...”
(Kimi)
Tudo o que coube nessa fala motivou, 10 anos depois, uma
homenagem.
O que Kimi Raikkonen teria dito na linha de chegada?
KIMI VOITTAA KIMI (“Kimi
Kimi win” em finlandês)
O feito de Kimi nesta prova, comprova que, a McLaren não só tinha um carro que era competitivo (a nível de campeonato), mas chegava a ser melhor... em algumas etapas/pistas.
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